As atividades externas, sempre incentivadas pelo bem que proporcionam às crianças,
estão temporariamente suspensas. Porém isso não deve ser sinônimo de tristeza ou
frustração. A necessária imposição de confinamento mudou o hábito de toda a população
e a orientação da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul é que os pais estejam
muito atentos não só a saúde física, mas também mental de adultos e crianças.
O pediatra, psiquiatra infantil e psicanalista, Victor Mardini, comenta um aspecto positivo
do novo comportamento imposto pela necessidade de todos ficarem em casa.
"Há uma série de proposição de brincadeiras, jogos, colorir, esconde-esconde e
atividades que estavam esquecidas no momento atual da nossa sociedade. Parece que
houve um lado de aproximação dos pais com os filhos. Obrigados a adotar, em muitos
casos, um formato home office, os pais acabam ficando mais tempo com os filhos. Isso
pode, sim, ser construtivo”, comenta.
Como soluções criativas, o médico cita o uso de fantoches e contação de histórias.
Sempre que possível, é válido envolver irmãos e irmãs em todas as atividades. Quebra-
cabeças, brincadeiras antigas e receitas de comidas também são bem vindas.
Um aspecto importante, destacado pelo médico, é a criação de uma rotina estabelecida
com a família. É importante ter um horário de início e fim do trabalho, pausas para
almoço e até atividades físicas dentro de casa organizadas em família.
Quanto ao uso da tecnologia, eles podem ser aliados
“Estamos incentivando que as crianças não deixem de manter o relacionamento com
amigos, familiares e coleguinhas da escola. O celular e tablet, deve ser um instrumento
a nosso favor nessa hora. Esses momentos são bons”, completa
Com as aulas paradas, o especialista sugere que atividades virtuais também sejam
mantidas. Atividades on line podem ser feitas, mas o médico sugere que além da
simples entrega e devolução de tarefas exista uma interação e relacionamento com os
professores com áudio e vídeo para que esse aprendizado seja mais produtivo.
Fonte: PlayPress |