O Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) começou nesta sexta-feira (6/3) os exames
específicos para o novo coronavírus. Neste primeiro dia, a análise foi realizada com
apoio de técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, que produz os
insumos para os exames e para onde a Secretaria da Saúde (SES) enviava amostras
com as suspeitas da infecção. Com o teste sendo feito no RS, a expectativa é reduzir o
tempo para obter os resultados.
O diagnóstico para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) amplia o painel de vírus de
transmissão respiratória analisados pelo Lacen, que até então investigava os tipos mais
comuns em circulação no país (influenza A e B, três tipos de parainfluenza, adenovírus e
vírus sincicial respiratório). A primeira carga de exames teve resultado negativo para o
vírus em todas as amostras. Contudo, os dados ainda precisam ser classificados e
tabulados no sistema para serem contabilizados nos balanços diários da SES, que já
tinha o balanço desta sexta-feira (6/3) finalizado no momento do resultado.
Identificação da carga genética
O exame para o coronavírus é um teste de biologia molecular que identifica a carga
genética do vírus. A cada rodada, com cerca de 30 testes ao mesmo tempo, são
utilizados um exemplar positivo e o outro negativo para controle.
Para a análise, o Lacen utiliza amostras de secreções das vias respiratórias (do nariz e
garganta) dos casos suspeitos. Esses materiais são coletados das pessoas com a
suspeita da doença com o uso de swabs, um tipo de hastes longas de plástico com
algodões em suas pontas, ou então são aspirados por sonda. Assim que chegam ao
laboratório, essas amostras passam por diferentes estágios de preparação e extração da
carga viral das moléculas até chegar a etapa final do processo. |