O governo do Estado executou nesta terça-feira (3/3) a maior ação planejada até o
momento pelo programa RS Seguro. Com a participação de mais de 1,3 mil agentes e o
emprego de 306 viaturas, sete aeronaves – seis helicópteros e um avião – e quatro
embarcações, as secretarias da Segurança Pública (SSP) e da Administração
Penitenciária (Seapen) deflagraram a Operação Império da Lei, que transferiu do
município de Charqueadas 18 detentos com posição de liderança nas principais
organizações criminosas gaúchas para penitenciárias federais fora do Rio Grande do Sul.
A ação contou com a participação de 15 instituições das esferas estadual e federal.
Foram transferidos Alexandre dos Santos Teixeira, Bruno Fernando Sanhudo Teixeira,
Cristian dos Santos Ferreira, Diogo Dutra Cachoeira, Emerson Alex dos Santos Vieira,
Giodarny Bonocore da Silva, Ivan Richetti, Leandro Ribeiro Pereira, Liomar Antônio de
Oliveira, Luis David Amaral de Souza, Luiz Fernando de Oliveira Jardim, Márcio Fabiano
Carvalho, Marizan de Freitas, Michel de Souza da Silva, Rogerio Soares, Tiago Rafael
Leges Ferreira, Vladimir Cardoso Soares e Wagner Wilian Domingues da Cruz. Todos
faziam parte do comando de organizações criminosas do Estado. Os 18 ficarão isolados
em penitenciárias federais – o destino individual não será revelado por questão de
segurança.
Pelo RS atuaram Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC), Instituto-Geral de Perícias (IGP),
Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Superintendência dos Serviços Penitenciários
(Susepe), Ministério Público e Poder Judiciário. A Secretaria da Saúde apoiou com
acompanhamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Pela União, a
partir de determinação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, para
apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Secretaria de Operações
Integradas (Seopi), somaram-se esforços de Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária
Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Exército, Aeronáutica e Marinha.
O superintendente regional da Polícia Federal no RS, Alexandre Isbarrola, atribuiu ao
alinhamento total das instituições o sucesso da medida em todos os âmbitos. “Ações
como a de hoje demonstram a importância da atuação integrada entre as instituições no
combate às organizações criminosas, que têm como resultado a melhoria da segurança
pública no Estado”, disse.
O procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, também destacou os efeitos positivos
do trabalho interinstitucional. “A Segurança Pública, juntamente com o Ministério Público
e o Poder Judiciário, e o apoio de várias instituições em âmbito estadual e federal,
trabalham para desidratar as facções que alimentavam o crime no Rio Grande do Sul. O
resultado dessas ações continuadas tem sido a queda dos índices de criminalidade, e
essa ação vem nesse sentido, fortalecendo ainda mais a presença do Estado e buscando
o enfraquecimento das facções pelo isolamento de seus líderes”, avaliou |