Sol e calor são os ingredientes perfeitos para um verão ideal. No entanto, as altas
temperaturas contribuem para um aumento na radiação solar. A exposição excessiva ao sol
pode causar problemas sérios à saúde. O tema faz parte das ações da campanha “Saúde
Preventiva: Pratique essa ideia”, desenvolvida pela Associação Médica do Rio Grande do Sul
(AMRIGS).
A médica dermatologista, associada da AMRIGS e membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia - Secção RS, Vanessa Maria Mendes Martins Pinto, alerta que, embora as formas
de prevenção já sejam conhecidas, é preciso executá-las da forma correta.
- O principal erro, em relação à proteção solar, é usar uma quantidade muito pequena de
protetor. O correto seria uma colher de chá em cada braço, uma colher de chá para rosto,
orelhas e pescoço, duas colheres de chá em cada perna e em cada lado do tronco. Dá para
perceber que quase ninguém usa essa quantidade. Outro erro é não reaplicar o produto a cada
2 ou 3 horas – alerta a médica.
Relacionado a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, o câncer de pele não
melanoma é o mais comum no país e no Rio Grande do Sul. Ao ser detectado precocemente,
apresenta grandes chances de cura, assim como o câncer de pele melanoma. Apesar de maior
gravidade, se a doença for detectada em seu estágio inicial, as chances de sobrevida
aumentam.
Como apontam os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de novos casos
de câncer de pele melanoma para 2018 foi de 6.260, sendo 2.920 em homens e 3.340 em
mulheres. Já o não melanoma pode ter chegado a 165.580 novos registros. Neste caso,
porém, deve atingir mais homens (85.170) do que mulheres (80.140).
A orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é hidratar-se, evitar grande
exposição ao sol das 10h às 16h. Após este horário, usar chapéus, roupas e óculos escuros e
estar atento aos dias nublados, uma vez que mesmo sem o sol visível, o corpo segue exposto
aos raios solares. |