O número de pacientes com diagnóstico de Diabete Insulino Dependente está crescendo
nos últimos anos, especialmente em crianças menores de cinco anos de idade. O alerta é
da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul que recomenda que pais e pediatras
estejam atentos aos primeiros sintomas, para que haja um encaminhamento para
atendimento especializado, o mais cedo possível. Esse cuidado ajuda a evitar
diagnósticos já em situação avançada da doença e descompansação metabólica, a
chamada cetoacidose diabética, que requer um manejo hospitalar em unidade de
tratamento intensivo.
Segundo a médica da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Cristiane Kopacek, o
diabete mais frequente na infância é o Diabete Tipo 1 ou Diabete Dependente de
Insulina.
- Os sintomas em crianças maiores costumam ser aumento da frequencia urinária
(poliúria), aumento da sede (polidipsia) e aumento da fome (polifagia), associado a
perda de peso. Mas em crianças menores, em lactentes, muitas vezes esses sintomas
ficam mascarados com aumento do número de troca das fraldas, irritabilidade,
alterações comportamentais e alterações do sono, mudança do padrão alimentar. O
diagnóstico é realizado com medidas de glicose aumentada no sangue: acima de 200 em
qualquer horário do dia e acima de 126 em jejum – explica.
O ideal é que sempre que houver um diagnóstico haja um acompanhamento psicológico
de suporte para a família, pelas mudanças e necessidades de adaptações no cotidiano e
cuidado com a saúde. Outro alerta é para a mudança nos procedimentos quando a
criança evolui para fase da adolescência.
- Na medida em que a criança cresce e entra na adolescência, se estimula alguma
autonomia supervisionada no cuidado ao diabete, como por exemplo, realizar os
controles de hemoglicoteste nas pontas de dedo e até mesmo a aplicação de insulina. No
entanto, é muito importante que haja supervisão, pois não é infrequente que
adolescentes mascarem resultados e alterem a prescrição médica- completa Cristina.
Outro cuidado é que na adolescência é muito frequente a necessidade de aumento de
dose da insulina por interferência dos hormônios da puberdade, aumento do apetite e
ação da insulina. ... |